TRAVESSA DA GRAÇA - Faz a ligação entre a antiga Rua São Miguel (Resende Costa) e praça Barão de Itambé. Em 1837 Francisco Joaquim de Santa Ana Matos hipotecou ao Cel. Martiniano Severo de Barros - "morada de casas sitas ao pé da Capela de Nossa Senhora da Graça, na Rua de São Miguel". Em 1849 a Câmara Municipal, na qualidade de proprietária do referido templo, deliberou demoli-lo - porque o mesmo "ameaçava ruína". Para a efetuação da demolição houve entendimentos com o Vigário da Vara. Os dados supra explicam a razão do nome.

RUA COMENDADOR BASTOS - Rua defronte do Colégio Nossa Senhora das Dores, reverencia a memória do Com. Antônio José Dias Bastos. Português, foi um dos fundadores da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Faleceu a 16-8-1886. Foi casado com Dª Francisca de Assis Moreira Bastos.

Deixou os filhos: Francisca, casada com o médico Dr. Cornélío Emílio das Neves Milward, e as médicos Antônio e José Moreira Bastos. Quando se fundou a Casa da Caridade, em 1783, o estabelecimento também era conhecido pelo nome de Hospital, originando-se o nome Rua do Hospital. A 31-14-1816 Provisão Régia confirmava a criação da Santa Casa da Misericórdia. A 21-1-1817 fundou-se a irmandade da Santa Casa da Misericórdia. As explicações mostram por que até 1816 os documentos mencionam a Rua do Hospital.

Depois passou-se a usar a denominação de Rua da Misericórdia ou Rua da Santa Casa. Em 1798 o mestre-pedreiro Aniceto de Souza Lopes arrematou a construção da ponte de pedra da Rua do Hospital. A ponte foi soterrada com a remodelação da citada rua. Localizava-se no ponto de junção da moderna Avenida Nossa Senhora do Pilar, Rua Comendador Bastos e Praça dos Expedicionários. O Com. José Antônio Rodrigues refere-se, em 1859, à Rua da Misericórdia; também consta o referido nome na relação de ruas da cidade, publicada em 1877, na imprensa local. Sabe-se que a região da Santa Casa era conhecida antigamente com o nome de Aterrado.

RUA D. SILVÉRIO - nome anterior: rua das Forras, que já aparece em 1877. O nome consta da relação de ruas de 1890, que indicava locais de votação dos eleitores da cidade. Patrono: o Bispo D. Silvério Gomes Pimenta, antecessor de D. Helvécio Gomes de Oliveira, na Arquidiocese de Mariana (MG).

RUA RODRIGUES DE MELO - O titular da tua é o prof. Antônio Rodrigues de Melo, lecionou português e latim. Escreveu várias peças teatrais. Faleceu em 1915. A Lei Municipal n° 436, de 26-2-1924 deu o nome de Rodrigues de Melo à Rua do Maquiné. A 3-6-1797 a Câmara de São João del-Rei resolve atender as queixas "dos povos sobre a chácara ou cercado que Antônio José de Abreu estava fazendo no local denominado Maquiné, encerrando dentro da dita chácara uma fonte pública que no mesmo lugar se acha, e donde a maior parte dos povos daquela paragem e do coração da Vila concorrem a ir buscar água. Em termo de vereança de 15-10-1821 há referência ao requerimento do Cap. João Batista Machado "sobre os inconvenientes que resultam ao público pela tapagem das águas de enxurradas que vertem do Maquiné". O povo gosta de repetir os singelos versos seguintes:

"Quem bebe água do Maquiné
Daqui não arreda o pé".

RUA MANOEL ANSELMO - Homenagem a Manoel Anselmo Alves de Oliveira (1853-1923). Nome anterior: Rua do Paissandú. Com o nome de Paissandú era muito extensa, pois abrangia as atuais mas Manoel Anselmo - Presidente Tancredo Neves e Paulo Freitas. Em "A Pátria Mineira , nº 130, de 6-11-1891, Custódio de Oliveira "Participa aos amigos que abriu, em frente da Estação da Estrada de Ferro, à Rua Paissandú, um Hotel com a denominação de Hotel Brasil. Antônio José Maximiano, em "A Pátria Mineira", ed. de 12-5-1892, anunciava a sua oficina de seleiro e colchoeiro, situada à Rua Paissandú n° 32 - "quase em frente da Estação Ferroviária".

RUA JOSÉ NARCISO DA SILVA - nome recente. Nome anterior: Rua Cristóvão Colombo, nome dado em 1898 à Rua dos Italianos.

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Críticas e Dúvidas

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