RUA RESENDE COSTA - Patrono da rua: Inconfidente Dr. José Resende Costa Filho. Ocupou cargos no degredo e na Corte. Foi deputado por Minas Gerais. Doou seus livros, em testamento, à Biblioteca Pública de São João del-Rei. Faleceu em 1841. Antiga Rua de S. Miguel. Em 1727, portanto, a mais de 260 anos, [essa obra foi publicada em 1988] Manoel Francisco Pinheiro e Pedro Rodrigues Vilarinho compareceram ao Senado da Câmara de São João del-Rei e requereram licença para abertura de loja à Rua de São Miguel. Em 1736 Vilarinho ainda residia em São João del-Rei, pois contribuiu com duas oitavas de ouro para o resgate da ponte sobre o Rio das Mortes. Em março de 1737 reuniuse a Câmara para escolher local para a construção de nova cadeia. Tendo havido empate na votação, o vereador Simão Moreira de Almeida desempatou em favor de terreno situado na Rua de São Miguel. Houve contratempos, sendo a cadeia construída no Largo do Rosário.
AVENIDA PRESIDENTE TANCREDO NEVES (1910-1985) - Filho de São João del-Rei, alcançou renome nacional como político - Recebeu o nome de Rua Paissandú após a Tomada de Paissandú, episódio ocorrido a 2-1-1865, na Guerra do Paraguai. A Lei Municipal n° 178, de setembro de I907, deu-lhe o nome de Avenida Carneiro Felipe, homenagem ao capitalista José Moreira Carneiro Felipe, português que veio para São João del-Rei em 1881, trabalhando na construção do primeiro trecho da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Faleceu a 15-5-1916 e era pai do notável cientista sanjoanense Dr. José Carneiro Felipe. A 13-8-1918 a citada via publica recebeu a denominação de Avenida Rui Barbosa, uma das mais rutilantes inteligências do Brasil. Propagava-se com insistência que a família Carneiro Felipe maguou-se profundamente com a mudança do nome. O nome do Águia de Haia permaneceu até pouco depois do falecimento do Presidente Tancredo Neves.
PRAÇA EMBAIXADOR GASTÃO DA CUNHA (1863-1927) - Seu nome foi dado em 1938 ao Largo do Rosário. Conquistou nas mais altas e cultas Assembléias do Brasil e do Exterior, extraordinários triunfos oratórios. Representou o Brasil em diversos países, tendo exercido a Presidência da Liga das Nações. A denominação Largo do Rosário surgiu por volta da construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário, benta em 1719. A respectiva Irmandade foi criada a 1-6-1708. Com o aparecimento do templo, surgiram as primeiras casas da Praça e da Rua do Rosário. A 27-7-1737, Cristóvão de Faria arrematou a construção da cadeia do Largo do Rosário, a segunda da Vila de São João del-Rei. A 1ª deve ter funcionado na Casa da Câmara. A documentação existente mostra que a construção foi demorada. Pelo serviço executado o arrematante recebeu 533 oitavas de ouro. A 23-3-1747, a Câmara mandou lavrar termo de quitação em favor de Cristóvão, no tocante à obra da cadeia do Largo do Rosário. No local da referida cadeia foi instalado o Museu Sacro de São João del-Rei, muito atuante na divulgação da cultura sanjoanense. Deliberou a Câmara a 6-4-1741 dar seis oitavas de ouro, anualmente, da renda da cadeia para a constituição do patrimônio da Capela de Nossa Senhora da Piedade e do Bom Despacho, que alguns devotos construíram defronte da cadeia, no Largo do Rosário, a fim de que os presos pudessem assistir às missas dominicais. Sua Majestade aprovou a citada decisão a 5-4-1743. O professor Pedro de Oliveira Raposo, enquanto viveu, cuidou da conservação da referida capela. Por 150 oitavas de ouro o pedreiro João Batista arrematou em 1745 a construção da Ponte da Cadeia, a primeira deste nome. Como a cadeia ficava no Largo do Rosário, perto da Matriz do Pilar, sob a ponte corriam as águas que vinham da Muxinga, tendo sido construída em terrenos da referida cadeia. Informa o "Dicionário Etimológico", de autoria de Antônio Geraldo da Cunha, 1ª ed. 1982 - pág. 542 que "Muxinga significa açoite, surra, tunda". Cremos que os presos eram açoitados nos fundos da referida cadeia, o que explica o aparecimento do nome Muxinga
PRAÇA FRANCISCO NEVES - O nome reverencia a memória do comerciante sanjoanenses Francisco de Paula Neves (1879-1925). Exerceu a vereança. Pai do Presidente Tancredo de Almeida Neves. Nome antigo: Largo da Câmara, que vem de 1719, ano em que a Câmara arrematou, para servir de sua sede, as casas que pertenceram ao Cel. Antônio de Oliveira Leitão; situavam-se na atual praça Barão de Itambé (Francisco José Teixeira (1780-1866)), que foi vereador. No local funcionou o extinto Hospital de Nossa Senhora do Rosário, que foi demolido para a construção do Hospital de Nossa Senhora das Mercês. A 1ª sede da Câmara ficava no Matola, na casa de residência do mestre-de-campo Ambrósio Caldeira Brant, que integrou a 1ª Câmara da Vila de São João del-Rei, eleita a 9-12-1713. A praça defronte da Igreja de Nossa Senhora das Mercês aparece citada em muitos documentos com o nome de Praça das Mercês.