Sua localização, em ampla praça ajardinada e terreno elevado, contribui para realçar seu conjunto majestoso e artístico, um dos mais belos de Minas Gerais e do Brasil. Quando são seis horas da tarde, na primavera, o sol bate sobre as palmeiras imperiais e sua sombra forma, na "mini-rua" dentro do jardim, as cordas de uma lira. Do alto da torre, quando se olhava para o jardim, a "mini-rua" tinha o formato de uma lira, e as sombras da palmeira completavam o conjunto, só que um de nossos prefeitos modificou o formato da "mini-rua" que agora nao parece tanto com uma lira.
Nas torres ficam os sinos, um grande na da esquerda e os três: pequeno, meão e grande, na da direita.
A igreja é dotada de um adro, que é uma "área" muito grande em volta de toda a igreja, delimitado por balaústres (tipo um muro) de mármore branco vindos de Portugal, com parapeito de pedra azul, até determinado ponto e daí em diante por balaústres e parapeitos de cimento. Um portão largo de ferro, ladeado de gradil de ferro, fecha o adro na parte inferior da frente; lateralmente existem dois portões menores.
É uma construção arrojada, principalmente tomando-se em conta a época em que foi feita (princípios do século XIX) e pelo fato de ser de pedra lavrada. O templo, todo construído de alvenaria, foi iniciado em 1774. Tem mais de 55 metros de comprimento e 15 de largura, por uma altura de 30 metros nas duas torres.
O interior da igreja está em harmonia com a parte externa. Duas portas dão para as escadas de pedra e em caracol que levam ao coro e às torres. O arco do coro abrange toda a largura da igreja e sustenta a tribuna da música.
Uma escadaria de lajes de pedra com balaústres também de mármore branco, em ziguezague, com espaçosos patamares e corrimão de pedra, dá acesso ao adro. O paredão da escadaria é decorado com desenho de flores de pedra, tendo no centro do florão a data de 1874. As pilastras são bonitas e terminam em ornatos com laminados de pedra. As flores de pedra estão todas quebradas, algumas nem parecem mais flores, apenas bolas de pedra mal feitas.
Conforme a documentação existente, pode-se dizer que o artífice da construção da Igreja de São Francisco de Assis de São João del-Rei foi o grande mestre e artista português Francisco de Lima Cerqueira. A primitiva planta (chamada na época de risco) do templo é atribuído a Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho - mas este risco não foi o executado em seu todo, pois Francisco de Lima Cerqueira também era arquiteto e tirou novas plantas de novos desenhos. Os trabalhos "mais mimosos" foram executados pelo referido mestre português Francisco de Lima Cerqueira. A Igreja de São Francisco de Assis é uma igreja cheia de detalhes, que nós subdividimos em cinco páginas e uma página com tudo (232 kb): |
OBS: Como os detalhes são muito minuciosos, recorremos ao livro "Igrejas de São João del-Rei" de Luiz de Melo Alvarenga, que trata destes detalhes como niguém. O que aconteceu foi que estas páginas ficaram muito técnicas, com uma linguagem difícil para a maioria de nós, por isso, em breve, colocaremos um glossário em todas as páginas para poder ajudar no seu bom entendimento.
Todas as páginas sobre a Igreja de São Francisco de Assis foram adaptadas do livro Igrejas de São João del-Rei de Luíz de Melo Alvarenga, páginas 29-43, com a complementação da página do Adro com dados da Cartilha da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis, de maio 1982. Consulte a bibliografia para uma lista completa.